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Cesárea vertical no Japão
Vou me apresentar: sou Elizabete Fujihara, fisioterapeuta pélvica e obstétrica, e responsável pelo site Fisiohara Online. Meu trabalho sempre foi dedicado a cuidar e apoiar mulheres em suas jornadas durante a gestação, parto e pós-parto. Preparo-as para fortalecer o assoalho pélvico, ajudá-las a conhecer seu corpo e proporcionar uma vivência mais tranquila e consciente. Mas, em um determinado momento, eu não era mais a profissional que acompanhava a gestante — eu era a gestante.
Aos 35 anos, grávida do meu primeiro filho, me vi no lugar das mulheres que sempre atendi. Eu estava saudável, mantive o assoalho pélvico funcional e segui trabalhando ativamente, dando aulas de Pilates e oferecendo meus serviços para outras gestantes. Tudo parecia estar dentro dos planos. O bebê estava cefálico, a gravidez transcorria bem, e eu me preparava para o tão esperado parto.
Mas o parto tem seus próprios planos.
Durante a madrugada, minha bolsa estourou. As contrações começaram ritmadas, intensas e, após 13 horas, já estava sob os cuidados de uma equipe médica, monitorada e amparada. Um detalhe que me marcou: a cada contração mais forte, comecei a vomitar, o que me enfraqueceu rapidamente. Pela manhã, detectaram a presença de mecônio, o que significa que meu bebê estava em sofrimento. Foi nesse momento que veio a notícia: precisaríamos de uma cesárea de emergência.
A cirurgia em si foi tranquila. Estava consciente, vi meu bebê nascer, senti aquele alívio e a alegria inconfundível de ouvir seu choro pela primeira vez. Mas, quando voltei ao quarto e comecei a processar tudo o que tinha acontecido, percebi o impacto do procedimento. Eu havia passado por uma cesárea vertical, uma incisão que deixaria uma cicatriz de cerca de 10 cm, bem abaixo do meu umbigo, em direção vertical.
Cesárea Vertical: Entendendo o Impacto
A cesárea vertical, ou incisão clássica, é um procedimento menos comum hoje em dia, utilizado em situações de emergência, como no meu caso. A incisão, feita longitudinalmente no útero, permite um acesso mais rápido ao bebê, sendo indicada quando há necessidade urgente, como em casos de sofrimento fetal, presença de mecônio ou complicações na placenta.
Porém, essa técnica carrega consigo alguns desafios para a mulher. Além do tempo de recuperação mais longo, ela também está associada a um risco maior de complicações, como infecções e maior probabilidade de ruptura uterina em gestações futuras. O impacto estético também é significativo, deixando uma cicatriz mais visível e muitas vezes emocionalmente desafiadora para a mulher, afetando sua autoimagem.
No Japão, onde a cultura é profundamente ligada à aparência e ao cuidado com o corpo, muitas mulheres podem sentir o peso de carregar uma cicatriz dessa magnitude. A cesárea no país, em geral, é realizada com uma incisão horizontal mais baixa e menos invasiva. Quando o procedimento vertical se faz necessário, ele costuma ser um choque inesperado para a mãe, tanto fisicamente quanto emocionalmente.
Recuperação e Suporte
A recuperação após uma cesárea vertical demanda paciência e muito cuidado. O corpo passa por um processo de cicatrização mais lento, e a mulher pode sentir limitações nos movimentos e nas atividades do dia a dia. Como fisioterapeuta, sei da importância de um acompanhamento adequado, com foco em exercícios que respeitem esse processo, visando não só à recuperação física, mas também à reconexão da mulher com seu corpo e sua autoestima.
Hoje, meu trabalho envolve ajudar mulheres, especialmente no Japão, a entenderem as diversas possibilidades que podem surgir durante o parto e como se preparar para essas eventualidades. Ao planejar o parto, é crucial considerar os diversos cenários, inclusive os imprevistos, e garantir que a mulher esteja informada e pronta para lidar com cada um deles, seja física, emocional ou mentalmente.
Meu objetivo é oferecer suporte para que as mulheres tenham controle e tranquilidade, independentemente das circunstâncias. A experiência de uma cesárea, seja ela vertical ou não, é um marco importante na vida de uma mãe. E, com o apoio certo, essa jornada pode ser de força, cura e transformação.
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